O Suave Milagre 65 - uma noite longa para uma vida curta
não é minha esta vergonha imensa
que transborda pela cara abaixo queimando a pele
não é minha esta raiva contida
que faz ranger os dentes e engolir em seco
não é minha esta angústia voraz
que consome noites e dias de vigília
não é meu este delito estúpido
que fecha de uma só vez todas as portas futuras
não é minha esta culpa pesada
que trago vestida como manto de desonra
minha é esta triste piedade
meu é este amargurado perdão
e este desejo de que voltes a ser quem eras.
"Quando está escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Há uma luz no túnel
Dos desesperados
Há um cais de porto
Para quem precisa chegar
Eu estou na Lanterna dos Afogados
Eu estou te esperando
Vê se não vai demorar
Uma noite longa
Para uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar
Eu estou na Lanterna dos Afogados
Eu estou te esperando
Vê se não vai demorar"
Lanterna dos afogados - Herbert Vianna
que transborda pela cara abaixo queimando a pele
não é minha esta raiva contida
que faz ranger os dentes e engolir em seco
não é minha esta angústia voraz
que consome noites e dias de vigília
não é meu este delito estúpido
que fecha de uma só vez todas as portas futuras
não é minha esta culpa pesada
que trago vestida como manto de desonra
minha é esta triste piedade
meu é este amargurado perdão
e este desejo de que voltes a ser quem eras.
"Quando está escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Há uma luz no túnel
Dos desesperados
Há um cais de porto
Para quem precisa chegar
Eu estou na Lanterna dos Afogados
Eu estou te esperando
Vê se não vai demorar
Uma noite longa
Para uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar
Eu estou na Lanterna dos Afogados
Eu estou te esperando
Vê se não vai demorar"
Lanterna dos afogados - Herbert Vianna