quinta-feira, dezembro 23, 2004

Singularidades de uma rapariga loura 62 - postais de natal

Quem me conhece há algum tempo sabe que eu tenho por hábito enviar postais de Natal.
Pelos correios. Escritos à mão. E sempre me deu muita alegria escolhé-los, escrevé-los, enviá-los, todos os anos. Há mesmo quem espere por eles, quem conte com isso.
Ainda não enviei nenhum postal de natal, nem vou enviar.
Não sei bem porquê. Não posso culpar a falta de tempo porque tive mais ou menos o mesmo tempo que nos outros anos.
Sinto que foi algo que não me apeteceu fazer este ano, não estava inspirada, não tive vontade, não quis.
Para o ano talvez retome a tradição.
Em 2004 fica aqui no blog o meu desejo de um Santo Natal, cheio de paz e harmonia a todos que passarem por aqui.

Há no entanto um nome especial que não vai passar por aqui, que não faz parte de nenhuma lista de prendas nem de postais, mas que entrou na minha vida este ano e para ficar. Pelo modo como destruiu o arranjo lá de casa, calculo que não ligue nenhuma ao natal, mas se o gato ruivo Merlin compreendesse era isto que lhe escreveria no postal de natal.

"O gato é uma maquininha
que a natureza inventou
tem pelo, bigode, unhas
e dentro tem um motor
Mas um motor diferente
desses que tem nos bonecos
porque o motor do gato
não é um motor elétrico
É um motor afetivo
que bate em seu coração
por isso ele faz ron-ron
para mostrar gratidão
No passado se dizia
que esse ron-ron tão doce
era causa de alergia
pra quem sofria de tosse
Tudo bobagem, despeito,
calúnias contra o bichinho:
esse ron-ron em seu peito
não é doença, é carinho."

O ron-ron do gatinho - Ferreira Gullar