quarta-feira, outubro 13, 2004

Singularidades de uma rapariga loura 58 - original sound track

Até ao próximo artista mantenho o "repeat" no album Folklore da Nelly Furtado.
Vou saboreando as melodias e lendo os poemas até sentir uma certa empatia, uma certa intimidade com os temas. É nesta fase que começo (quase com sofreguidão) a associar as músicas a situações, pessoas, sensações, como se eu fosse a tradutora iluminada de um linguagem desconhecida. Como se eu fosse a responsável pela banda sonora de um filme cujas cenas não fazem sentido, ou não estão completas, até que recebam a adequada música de fundo. Já nem me lembro quando começou esta mania das bandas sonoras, ou talvez até me lembre. Talvez tudo tenha começado por volta dos meus 13 ou 14 anos, com o filme "Summer of 42" (Warner Bros. - 1971) e com a música instrumental de Michel Legrand. Aquela música representa toda a melancolia, todo o peso da minha adolescência e assim permance arquivada até hoje, primeiro no LP de vinil e depois no CD que a A. me ofereceu. Hoje, ouvindo Nelly Furtado, mais uma vez não resisti ao apelo e encaixei um dos temas ao dilema actual de uma amiga. Ela sorriu com esta minha mania mas não é que a canção fazia mesmo sentido?