O Suave Milagre 66 - Receitas de Natal
Já estou farta de ser chamada de sonhadora romântica sem os pés no chão, de bobinha idealista, de ingénua e outras coisas do género mas se tudo isto corresponde a alguém a quem realmente custa saber de separações, eu aceito. Podem rotular, carimbar, selar e o que mais quiserem.
Custa-me mesmo ver terminar relações, principalmente aquelas que vi começar.
É com esforço que engulo a notícia, cai-me pesada na alma e levo tempo a digerí-la.
Não importa o estado civil nem o tempo da união, apego-me ao casal e ao que eles significam enquanto juntos, a uma "entidade" única.
Claro que mantenho a mesma intensidade na ligação individual a A e a B, mas o que me custa é já não haver o resultado de A + B. (salvo as excepções em que A e B reatam...)
Vejo à minha volta o número de separações aumentar, umas com grande pesar, outras com leveza, umas com sinais de alerta, outras com total surpresa. Procuro exemplos de gente feliz nas relações e receitas para estas que sejam feitas de material mais resistente.
Mas não quero exemplos das gerações anteriores à minha, esses também eu tenho. Quero exemplos de casais da minha geração, dos dias de hoje, com o mesmo tipo de vida que eu, mesmo que tenham um grande "ainda" pendurado por cima das cabeças.
Tu explicaste-me que as pessoas estão cada vez mais exigentes, que fazem menos sacrifícios e que muitos casais não teriam resistido ao que já passámos nestes quase dez anos. Concordámos que tudo seria mais fácil se... e que queremos continuar juntos apesar de... Talvez porque o que sentimos um pelo outro é um nadinha maior que os obstáculos e faz com que valha a pena superá-los.
Eu expliquei-te que acredito que a felicidade, tal como a verdade, é subjectiva porque é necessariamente individual. Ou seja, depende de nós.
Tem a ver com o que fazemos com os ingredientes que a vida nos dá, como os misturamos, em que ordem, em que quantidades...e se sabemos esperar que a nossa felicidade fique no ponto, que levede, que cresça ou que fique cozida.
Conheço pessoas que conseguem fazer verdadeiros festins ao longo da vida e outras para quem os mesmos ingredientes nunca chegam, não são bons o suficiente ou simplesmente não conseguem esperar para depois saborear.
Junto a tua parte à minha e tenho uma receita caseira de estabilidade e felicidade, segredo da casa. É certo que nos faltam ainda muitos ingredientes para a próxima ceia de Natal mas faremos um banquete com os que temos disponíveis.
Custa-me mesmo ver terminar relações, principalmente aquelas que vi começar.
É com esforço que engulo a notícia, cai-me pesada na alma e levo tempo a digerí-la.
Não importa o estado civil nem o tempo da união, apego-me ao casal e ao que eles significam enquanto juntos, a uma "entidade" única.
Claro que mantenho a mesma intensidade na ligação individual a A e a B, mas o que me custa é já não haver o resultado de A + B. (salvo as excepções em que A e B reatam...)
Vejo à minha volta o número de separações aumentar, umas com grande pesar, outras com leveza, umas com sinais de alerta, outras com total surpresa. Procuro exemplos de gente feliz nas relações e receitas para estas que sejam feitas de material mais resistente.
Mas não quero exemplos das gerações anteriores à minha, esses também eu tenho. Quero exemplos de casais da minha geração, dos dias de hoje, com o mesmo tipo de vida que eu, mesmo que tenham um grande "ainda" pendurado por cima das cabeças.
Tu explicaste-me que as pessoas estão cada vez mais exigentes, que fazem menos sacrifícios e que muitos casais não teriam resistido ao que já passámos nestes quase dez anos. Concordámos que tudo seria mais fácil se... e que queremos continuar juntos apesar de... Talvez porque o que sentimos um pelo outro é um nadinha maior que os obstáculos e faz com que valha a pena superá-los.
Eu expliquei-te que acredito que a felicidade, tal como a verdade, é subjectiva porque é necessariamente individual. Ou seja, depende de nós.
Tem a ver com o que fazemos com os ingredientes que a vida nos dá, como os misturamos, em que ordem, em que quantidades...e se sabemos esperar que a nossa felicidade fique no ponto, que levede, que cresça ou que fique cozida.
Conheço pessoas que conseguem fazer verdadeiros festins ao longo da vida e outras para quem os mesmos ingredientes nunca chegam, não são bons o suficiente ou simplesmente não conseguem esperar para depois saborear.
Junto a tua parte à minha e tenho uma receita caseira de estabilidade e felicidade, segredo da casa. É certo que nos faltam ainda muitos ingredientes para a próxima ceia de Natal mas faremos um banquete com os que temos disponíveis.
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