Singularidades de uma rapariga loura 89 - O regresso, o desabafo e o primeiro post com asneira
"O homem não é um ser monogâmico"
Odeio esta frase. Odeio. Odeio. Odeio. Magoa-me mesmo, só de ouví-la. Tira-me o sono. Porque não a compreendo, não em toda a sua dimensão fatalista. É uma merda de uma desculpa, um encolher de ombros cobarde, recorrer à antropologia para isto. Se é assim acho que sou arraçada de golfinho que tem o mesmo parceiro a vida toda, embora às vezes preferisse ser parente do louva-a-deus e arrancar a cabeça do macho à dentada depois do acto. Ficava logo resolvida a questão da fidelidade.
É que eu sou humana e sou fiel (estarei a evoluir ou a regredir?). E fidelidade não é igual a falta de oportunidade. Pelo menos não a minha. A minha fidelidade é igual a compromisso. É igual a "não faças aos outros o que não queres que te façam a ti". Eu não quero a dor e uma traição pode doer tanto como uma morte, deixando invariavelmente uma longa cicatriz. Talvez seja isso, talvez sejam aqueles que nunca sofreram uma infidelidade os mesmos que dizem que "é perfeitamente normal, o homem é mesmo assim, não é um ser..."
...
Ah, descubro afinal que a razão desta minha postura é mais profunda, vem de trás, porque os filhos de pais separados (como eu) quando adultos são os que mais se apegam ao ideal do casamento, são os que mais idealizam o amor, são os que mais temem a mudança (leia-se rompimento) por terem interiorizado que a mudança não é uma coisa boa. Bah!
Sabem o que é paixão? É não querer perder o objecto dessa paixão por nada desse mundo e assim fica claro o que é mais importante. Claro que há pessoas que não conseguem fazer escolhas, mas lá diz o ditado: "quem tudo quer..."
Se és a minha paixão não vou arriscar nada que me leve a perder-te.
Se a minha paixão não és tu, deixo-te por ela (ou pela promessa dela).
Se não sei qual é a minha paixão, deixo os caminhos desempedidos (o teu e o meu).
Tão simples como isso.
E quem não tem medo de me perder não precisa de me ter.
Odeio esta frase. Odeio. Odeio. Odeio. Magoa-me mesmo, só de ouví-la. Tira-me o sono. Porque não a compreendo, não em toda a sua dimensão fatalista. É uma merda de uma desculpa, um encolher de ombros cobarde, recorrer à antropologia para isto. Se é assim acho que sou arraçada de golfinho que tem o mesmo parceiro a vida toda, embora às vezes preferisse ser parente do louva-a-deus e arrancar a cabeça do macho à dentada depois do acto. Ficava logo resolvida a questão da fidelidade.
É que eu sou humana e sou fiel (estarei a evoluir ou a regredir?). E fidelidade não é igual a falta de oportunidade. Pelo menos não a minha. A minha fidelidade é igual a compromisso. É igual a "não faças aos outros o que não queres que te façam a ti". Eu não quero a dor e uma traição pode doer tanto como uma morte, deixando invariavelmente uma longa cicatriz. Talvez seja isso, talvez sejam aqueles que nunca sofreram uma infidelidade os mesmos que dizem que "é perfeitamente normal, o homem é mesmo assim, não é um ser..."
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Ah, descubro afinal que a razão desta minha postura é mais profunda, vem de trás, porque os filhos de pais separados (como eu) quando adultos são os que mais se apegam ao ideal do casamento, são os que mais idealizam o amor, são os que mais temem a mudança (leia-se rompimento) por terem interiorizado que a mudança não é uma coisa boa. Bah!
Sabem o que é paixão? É não querer perder o objecto dessa paixão por nada desse mundo e assim fica claro o que é mais importante. Claro que há pessoas que não conseguem fazer escolhas, mas lá diz o ditado: "quem tudo quer..."
Se és a minha paixão não vou arriscar nada que me leve a perder-te.
Se a minha paixão não és tu, deixo-te por ela (ou pela promessa dela).
Se não sei qual é a minha paixão, deixo os caminhos desempedidos (o teu e o meu).
Tão simples como isso.
E quem não tem medo de me perder não precisa de me ter.