O Suave Milagre 33 - round 1
podes gritar, berrar, vociferar com todo o vigor da tua voz
dirigir-me a tua cólera e o teu desejo de vingança
atirar-me com a tua raiva e e a tua indignação
mas peço-te: atira com força!
podes usar todos os palavrões que conheces e inventar alguns novos
podes apresentar-me todos os teus demónios
eu já os conheço e já os compreendo muito melhor do que tu
mas não evites o meu olhar, procurando um "nada" no chão
não me dês aquele sorriso plástico, conveniente e protocolar
e nem te escondas atrás de uma falsa formalidade, não faças cerimónia
eu exijo que me olhes de frente, eu ordeno-te que me vejas
e não te atrevas a falar comigo sobre o tempo
é horrível, é grotesco quando tentas dissimular o teu desconforto
não me mintas respondendo sempre: "nada, nada..."
não uses o silêncio como escudo nem a indiferença como arma
e ai de ti que te sintas superior porque não o és só por te calares
podes ofender, insultar, acusar, escorraçar, amaldiçoar
garanto-te que não vais causar nenhum dano real, nem a mim nem a nós
conheço-te bem demais para isso, e tu a mim
podes bater-me com toda a agressividade que tiveres acumulada
que eu cá não vou abandonar o combate e não vou ficar no tapete
quero que me derrotes, que me agridas
que me ataques violentamente, que me deixes ferida de morte
nada do que possas fazer conseguirá ser mais violento
do que saber que desististe de nós
dirigir-me a tua cólera e o teu desejo de vingança
atirar-me com a tua raiva e e a tua indignação
mas peço-te: atira com força!
podes usar todos os palavrões que conheces e inventar alguns novos
podes apresentar-me todos os teus demónios
eu já os conheço e já os compreendo muito melhor do que tu
mas não evites o meu olhar, procurando um "nada" no chão
não me dês aquele sorriso plástico, conveniente e protocolar
e nem te escondas atrás de uma falsa formalidade, não faças cerimónia
eu exijo que me olhes de frente, eu ordeno-te que me vejas
e não te atrevas a falar comigo sobre o tempo
é horrível, é grotesco quando tentas dissimular o teu desconforto
não me mintas respondendo sempre: "nada, nada..."
não uses o silêncio como escudo nem a indiferença como arma
e ai de ti que te sintas superior porque não o és só por te calares
podes ofender, insultar, acusar, escorraçar, amaldiçoar
garanto-te que não vais causar nenhum dano real, nem a mim nem a nós
conheço-te bem demais para isso, e tu a mim
podes bater-me com toda a agressividade que tiveres acumulada
que eu cá não vou abandonar o combate e não vou ficar no tapete
quero que me derrotes, que me agridas
que me ataques violentamente, que me deixes ferida de morte
nada do que possas fazer conseguirá ser mais violento
do que saber que desististe de nós
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