Singularidades de uma rapariga loura 129 - Coerência sucks
A-m-e-i este post. Eu, que também me concedo o mesmo luxo e até me orgulho dele, acrescento: coerência sucks.
Aqui, passo os dias a ouvir alguns cariocas e todos os nordestinos do meu coração, vejo novela como terapêutica, tenho sabão de coco e farinha de mandioca em casa, pinto o mar de verde, anseio por dormir na rede, sinto-me ligth, tropical e zen, caminhando com a certeza que "tudo, tudo, tudo vai dar pé".
Lá, leio mais poesia e interesso-me mais pelo mundo, gosto do frio e da chuva, dou por mim a valorizar tudo o que é tradicional, persigo um bom vinho tinto, dá-me para a melancolia, para a saudade e para o recato, produzo pensamentos e sentimentos mais profundos, caminhando com a certeza de que" a alma não é pequena".
É como o acento em Mónica, Sónia e António: circunflexo lá e agudo aqui.
Mas é sempre o mesmo Atlântico, só muda a margem.
Eu é que talvez já só consiga amar de longe. Mas isso não é necessariamente mau, apenas incoerente.
Aqui, passo os dias a ouvir alguns cariocas e todos os nordestinos do meu coração, vejo novela como terapêutica, tenho sabão de coco e farinha de mandioca em casa, pinto o mar de verde, anseio por dormir na rede, sinto-me ligth, tropical e zen, caminhando com a certeza que "tudo, tudo, tudo vai dar pé".
Lá, leio mais poesia e interesso-me mais pelo mundo, gosto do frio e da chuva, dou por mim a valorizar tudo o que é tradicional, persigo um bom vinho tinto, dá-me para a melancolia, para a saudade e para o recato, produzo pensamentos e sentimentos mais profundos, caminhando com a certeza de que" a alma não é pequena".
É como o acento em Mónica, Sónia e António: circunflexo lá e agudo aqui.
Mas é sempre o mesmo Atlântico, só muda a margem.
Eu é que talvez já só consiga amar de longe. Mas isso não é necessariamente mau, apenas incoerente.
5 Comments:
Um grande ano de 2007 para ti! Beijões
No Brasil gostei de sentir a Lua mais perto! E em Portugal também sinto saudades dela. Sou uma coerente, lol!
Aqui é a saudade dos amigos, do abraço, do calor humano que deixei lá. Aqui é a família que escolheram pra mim, a nostalgia, os livros, a história. Lá é a família que eu escolhi, é a certeza de que "tudo vai dar pé"!
E tudo isso faz-me falta...
Parece-me a mim que é na incoerência que nos tornamos mais "brilhantes", mais expostos e dispostos, mais conscientes!
Gosto do título... e do texto também... :)
A coerência não é mais do algo inventado pelos chatos deste mundo que têm graves deficiências a nível do sentir...
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