O Suave Milagre 49 - partidas e chegadas
tento correr, cheia de pressa
um saco em cada mão e uma mochila nas costas
chego à plataforma e respiro fundo
espero, fumo, decoro o número da carruagem e do lugar
não há abraços de despedida
não há braços a acenar nem caretas no vidro
não há "liga quando chegares"
olho em volta e a inveja nasce em mim
caminho devagar
um só saco do lado direito
o peso desequilibrado dificulta-me o andar
abandono a estação dos comboios
não há olhares varrendo as janelas
não há abraços apertados
não há "deixa estar que eu levo"
sigo em frente e um sorriso morre em mim
nada de grave
nada de mais
nada de dramas
é só o simbolismo que dói
um saco em cada mão e uma mochila nas costas
chego à plataforma e respiro fundo
espero, fumo, decoro o número da carruagem e do lugar
não há abraços de despedida
não há braços a acenar nem caretas no vidro
não há "liga quando chegares"
olho em volta e a inveja nasce em mim
caminho devagar
um só saco do lado direito
o peso desequilibrado dificulta-me o andar
abandono a estação dos comboios
não há olhares varrendo as janelas
não há abraços apertados
não há "deixa estar que eu levo"
sigo em frente e um sorriso morre em mim
nada de grave
nada de mais
nada de dramas
é só o simbolismo que dói
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