segunda-feira, julho 03, 2006

O Suave Milagre 118 - Arriscar é preciso

Sonhei que viajava dentro de um barco todo pintado de verde e que espreitava a costa pela escotilha. Sabia que tinhamos saído de Lisboa e rumado a sul, por isso era a costa de África que eu via. Aliás, eram as praias de África que eu via, cheias de crianças correndo à beira-mar, porque o barco estava tão perto da costa que corria o risco de ficar encalhado. Eu não estava ao leme, nem sequer comandava nada, mas davam-me constantemente indicações para afastar o barco da costa, para rumar à linha do horizonte. Eu continuava com a perspectiva redonda da escotilha, olhava para a costa e depois para o oceano, costa e oceano. Acordei sem me ter decidido.

Se ultimamente só há "posts" sobre músicas e concertos é porque não tenho arriscado outras emoções fora dessas águas e ainda que imagine lá longe algumas ilhas por descobrir, continuo a navegar juntinho à costa entre uma e outra canção ao vivo.
Na semana passada segui da lucidez do David Fonseca até a força dos Pluto.

"Nesse momento em que o teu mundo se transforma
Tu vês a forma como tudo se processa
Mas só entendes quando encaixas nova peça
Qual a razão porque te olhavas dessa forma

Bem vindo a ti meu amor
Bem vindo a ti mais uma vez"

Pluto - Bem vindo a ti

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É porque ainda não estava na hora de atracar o barco ... E os "Pluto", bela surpresa, gostei muito da energia :)

11:34 da tarde  
Blogger José Leite said...

Ai essas atracagens...
Muito bem! Original e pleno de sensibilidade...
Visita-me e descobrirás algo a fervilhar... talvez seja poesia, talvez não...

11:35 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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7:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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10:38 da tarde  

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